História do Ballet
Figuras personalidades importantes na história do Ballet
La Camargo - Marie Anne Cupis de Camargo (1710 - 1770)
Dançarina francesa, La Camargo nasceu em Bruxelas, e morreu em Paris. Triunfou nas ópera e
balés-óperas de Campra, Destouches e Mouret. Devido à sua virtuosidade, executou entrechats e
cabrioles, até então passos reservados à dança masculina.
Marie Sallé (1705 - 1756)
Estreou em 1721 na Ópera de Paris, dançando Les
Fêtes Venetiennes. Celebrizou-se por sua inteligência.
Aboliu o costume de dançar com máscaras, suprimiu as
perucas monumentais usadas na época, introduzindo a
naturalidade e a sobriedade na indumentária. Dançou
muito em Londres.
Jean-Georges Noverre (1727 - 1810)
Dançarino, coreógrafo e escritor de dança francês, Noverre nasceu em Paris. Revolucionário em suas concepções, como provam suas Lettres sur la danse et les ballets (1760), quis romper com tudo o que tornava pesada a tradição clássica (máscaras, vestidos com anquinhas, saltos altos) e criou novas regras e novos suportes (música, cenários, mise-en-scène).
Algumas lições deste livro ainda são atuais. Inventor do ballet de ação, colaborou com Gluck (Medéia e Jasão, 1763) e Mozart (Les petits riens, 1778). Entre suas atividades, Noverre exerceu a de professor de dança, que ensinou até mesmo Maria Antonieta.
Morreu em Saint-Germain-en-Laye, em 1810.
Fontes: Enciclopédia Larrouse Cultural
Ballet - arte, técnica, interpretação, Dalal Achcar
História do Ballet
A historia do Ballet começou há 500 anos atrás na Itália. E é a união da dança, música, artes plásticas, teatro e declamação. (seu nome se origina da palavra italiana balletto, e pelo francês ballet) o termo deriva do italiano ballare que significa bailar. Nessa época os nobres italianos divertiam seus ilustres visitante com espetáculos de poesia, musica mímica e dança, com teatro sem falas utilizando apenas expressões faciais e corporais, geralmente improvisada, realizada por atores circenses em grandes salões da corte. Esses divertimentos apresentados pelos cortesãos eram famosos por seus ricos trajes e cenários muitas vezes desenhados por artistas conhecidos como Leonardo da Vinci. O primeiro Ballet registrados foi na cerimônia de casamento em 1489 do Duque de Milão com Izabel de Argon que possuíam graciosos movimentos de cabeça, braços e tronco, pequenos e delicados movimentos de pés e pernas, que eram dificultados pelo vestuário feitos com material de ornamentos pesados, os ballets da corte eram muito bem ensaiados para serem dançados não só em casamentos mais também em ocasiões ilustres como vitórias em guerras e alianças políticas, etc. Em 1533 ocorreu uma outra grande cerimônia de casamento da também italiana Catarina de Medicis com o rei Henrique II da França o que introduziu na época esses espetáculos na corte francesa com grande sucesso o que deu grande impulso para o desenvolvimento do ballet.
O mais famoso deles surgiu em 1581 chamado “Ballet Cômico da Rainha” que duravam 5 a 6 horas de espetáculo celebrando o casamento da irmã da rainha Catarina, o que gerou grande influencia em formação de outros grupos de dança em toda Europa.
Quase 100 anos mais tarde através do rei Luiz XIV(14), que se tornou rei aos cinco anos de idade, tornou-se um grande bailarino da corte aos 12 anos de idade amava a dança e veio a fundar em 1661 a Academie de Musique et de Danse, (academia real de musica e dança) e oito anos mais tarde a Escola Nacional de Ballet que tinha como objetivo sistematizar, preservar e fiscalizar a qualidade de ensino e produções dos ballets. Nessa época Luiz XIV(14) nomeou Charles Louis Pierre de Beauchamps que criou as cinco posições dos pés e postura dos braços, base de todo abrendizado do ballet clássico internacionalmente, para tomar frente da instituição de dança que se dissolveu em 1780.
Daí o Ballet passou de um simples passatempo a uma profissão e os espetáculos foram transferidos dos grandes salões aos teatros. Neste período todos os bailarinos eram homens que também faziam os papeis femininos.
Só no fim do século XVII (17) a escola de Dança passou a formar bailarinas mulheres, que ainda tinham seus movimentos limitados pelos figurinos ainda pesados, surgiram assim mulheres que marcaram época como Mille Lafontaine em 1681que foi à primeira bailarina a subir no palco, a bailarina Maria Sallé figurinista da Opera de Paris, conhecida como La Sallé criou a malha mais leve que aquece a musculatura sem tolher os movimentos denominados por Maillot (Maiô). Aproveitando a ousadia de Maria Sallé, a bailarina belga, Marie Anne Cupis Camargo encurtou as saias umas cinco polegadas para poder mostrar os passos executados, usou sapatos leves e assim pode saltar com maior precisão, a mesma criou o Jetté, o Pas de Basque e o Entrechat Quatre, foi à primeira bailarina a movimentar-se para cima, Maria Taglione em 1832 foi à primeira bailarina a se elevar dançando nas pontas popularizando o Tutu e o Corpete rígido no Ballet La Sylphides criado por seu pai coreógrafo Felipe Taglione.
La Heinel criou a “Pirouette”, aperfeiçoados por Vestris e Maximilien Gardel que criaram os “Rond de Jambes”.
O romantismo completaria a mudança e uma era absoluta tornando a mulher dona do Ballet e fazendo assim do homem minoria em sua pratica.
Daí surgiu Isadora Ducan com seus conceitos futuristas sobre a dança e contra o uso das pontas criou os movimentos mais livres, baseados nas movimentações da natureza, sua fonte de inspiração.
Vieram então Rudolf Von Labdan, dançarino húngaro que criou a teoria do movimento como denominador comum de todas as ações humanas em 1928, criando um serie de ballets sem musica.
Jerome Robbins criou o estilo americano de Ballet Contemporâneo.
E ainda nos dias de hoje devido à proliferação dessas grandes influencia, dos grandes Ballets do mundo todo, dos grandes nomes e companhias, o “Ballet” sobrevive com um apanhado dessas grandes influencias, teorias e praticas com sua beleza, criatividade e direito de expressão.
Material colhido de varias Bibliografias da dança, resumidos pela professora Mayka Barros.